sexta-feira, 9 de abril de 2010

....


Na varanda da casa reconstruída olho pela copa das árvores. A casa é de madeira escura, é de noite e a lua está cheia, tornando tudo iluminado. Ele sai de dentro de casa e vem para a varanda em minha direção. Pergunto se as crianças estarão bem sozinhas perto da represa. Digo que tenho medo que apareçam cobras. Ele me diz que está tudo bem e me abraça com o cobertor. Ficamos abraçados vendo a lua.

...


Tudo se passava na casa da família dele, com todos dando bênçãos à nossa união. As avós e até uma bisavó me elogiavam na mesa de almoço, que parecia a da minha própria avó. Ele estava incomodado com alguma coisa que eu havia dito ou feito. Enquanto isso na tv passava um filme do Richard Gere com a Kathy Bates, de ouço a frase: a desafiadora e o vencido. Todos se envolvem no preparativo do casamento. A bisavó corta um pedaço da carne do seu próprio prato e coloca no meu. Ele continua incomodado.

..


Eu estava em um sítio, uma quinta, e sentia a sua chegada. Ficava aflita à espera, andando de um lado para o outro da varanda. Aos poucos foram chegando as pessoas, em seus carros e cavalos. Eu perguntava sobre ele e me diziam que ele resolveu vir andando pelo caminho. Anoitecia. Eu seguia e sigo à espera.

.


Estávamos em casa recebendo amigos. Em meio à correria da alegria e dos risos nos cruzávamos, ele de jeans claro e regata branca, sorrindo. Eu passava carregando pratos e ao me aproximar dele fazia cócegas de leve na sua barriga. Ele ria e se encolhia, esquivando como um menininho. Logo seguíamos os nossos caminhos em direções opostas. É doce o nosso Encontro.